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As nuvens

O contexto do aparecimento de Aristófanes na cena teatral grega se deu a partir do século V a.c. Os jovens gregos foram encorajados a se tornarem cidadãos através de um desejo que transcendia as ambições individuais. A matemática, a educação física, a música, tudo era uma parte da educação grega que encorajava a pertencer à polis. No entanto, tudo começou a mudar com o aparecimento de um outro tipo de intelectual. Professores, filósofos gregos com ambições intelectuais e individuais começaram a fazer parte do cenário da Grécia. E quem eram? Eram os famosos sofistas. Muito deles são conhecidos. Protágoras e Górgias são alguns desses. Protágoras pensava que o homem é a medida de todas as coisas, inclusive da verdade. Nos dias de hoje, seria considerado um humanista e relativista. Górgias dava importância aos logos, mas desconfiava dele. Os logos devem ser provados ou defendidos, ou seja, a força argumentativa vale mais do que a verdade. Trasímaco, um sofista conhecido, via a justiça como algo conveniente do mais forte. A justiça nada mais é do que o interesse do mais forte. A justiça seria uma convenção social.

Os sofistas eram relativistas, ou seja, um de seus principais argumentos era de que o conhecimento verdadeiro não é absoluto. Sem sombra de dúvidas, por causa desse movimento (argumento seguido de um contra-argumento). é que o discurso da filosofia alcançou sua importância nos dias de hoje.

Aristóteles, no entanto, não os via dessa forma. O termo “sofista” passou a ser visto como falseamento intelectual. Aristóteles o via como uma sabedoria aparente, mas irreal. Os sofistas não tinham medo de rejeitar a fé religiosa e os valores da comunidade.

Aristófanes também era um crítico dos sofistas e dos alunos que seguiam seus passos. Em “As Nuvens”, ele dramatiza essa tensão entre os valores antigos e novos valores (sofisma) ao longo da peça. “As Nuvens” é uma caricatura de um instrutor sofista. Ele usa métodos bizarros e poucos ortodoxos, , ele tira vantagens de seus alunos por dinheiro e não tem código moral. Sócrates é retratado como um impostor.

E aqui vale ser feita uma ressalva, Sócrates não tinha absolutamente nada a ver com os sofistas. O uso da figura de Sócrates na peça pode ser pelo simples fato de que Sócrates era um filósofo muito conhecido. Sua aparência era um alvo fácil para os satíricos da época. A paixão de Sócrates em debater conceitos abstratos influenciou o seu retrato em “As Nuvens” como um filósofo fora do contato com o mundo.

Aristófanes usa o personagem de Sócrates para representar o resultado das novas ideias que estavam surgindo em Atenas. Aristófanes estava ciente de que a caracterização de Sócrates era imprecisa, mas para ele o importante era o riso.

No entanto, as consequências dessa peça acabaram influenciando no julgamento de Sócrates. Após a guerra do Peloponeso que acabou com a derrota dos gregos, os intelectuais públicos, dentre Sócrates, desafiaram a religião grega tradicional.  E acabaram transformados em ameaça ao agora frágil governo. Sócrates acabou pagando o preço. E a peça “As Nuvens” foi usada contra ele durante o seu julgamento. Para Sócrates a peça ajudou na sentença à morte.

Seja lá o que tenha acontecido, uma coisa é certa: não foi Aristófanes o assassino de Sócrates, mas sim os governantes da época, os verdadeiros autores da sentença.

Vamos ao livro?

A peça começa com Estrepsíades, pai de Feidipedis, que se encontra endividado até o pescoço. O pai vai ter de arcar com a dívida. O filho é um irresponsável. Gosta de cavalos, gasta tudo com eles.

O pai, Estrepsíades, não tem condições de pagar a dívida do filho, e ele quer encontrar uma forma de se livrar dela. Enquanto ele está falando, o filho encontra-se deitado dormindo. E sabemos que Feidipedis é viciado em corrida de cavalos. Quando ele está no meio do sono, faz um desabafo ao pai:

“Feidipedis (sonhando alto): Filo! Está me traindo, sem vergonha! Corre seguindo bem a tua pista.

Estrepsíades: É isto! Essa mania de cavalos. É que está arrasando a minha vida. Pensa que está correndo até no sonho.

Feidipedis (sonhando alto): Quantas voltas falta para o fim?

Estrepsiades: Teu pobre pai se encontra mesmo as voltas!

(voltando ao livro de escrituração)

Agora vamos ver, depois de Pásias. Qual a seguinte dívida contraída. (lendo em voz alta) A Aminias eu devo pela compra. De um carro com o timão, rodas e tudo...

Feidipedes (sonhando alto): Tira o cavalo agora da poeira. Palafraneio, e leva pra cocheira

Estrepsíades: Do meu lar me tiraste, filho ingrato! Duas ou três demandas, por tua culpa, já perdi. E essas dívidas agora!

Feidípedis (acordando mal-humorado): Por que motivo, pai, a noite inteira. Te mexeste na cama sem dormires nem deires dormir?

Estrepsíades: A noite inteira me mordeu o maldito de um meirinho. Ficas sabendo agora.

Fedípedis: E agora queres permitir-me dormir bem sossegado?

Estrepsíades: Dorme, dorme à vontade, seu maroto! Dorme à vontade, mas fica sabendo: As dívidas que hoje me atormentam. A ti irão um dia”. (pág. 56; pág. 57)

 Totalmente preocupado com as dívidas, Xântias, o escravo, chega e afirma que a lamparina está sem óleo. Estrepsíades ameaça chicoteá-lo. Totalmente tomado pelo fantasma da dívida, ele diz ao filho que vá para um lugar chamado “Pensamental” a fim de aprender como argumentar para se livrar de suas dívidas, de forma que Estrepsíades nunca precise pagá-la. O filho não gosta nada dessa proposta, mas o pai tenta convencê-lo:

“Estrepsíades: imploro meu filho! Por favor. Vai estudar nesse Pensamental!

Feidipides: Mas estudar o quê?

Estrepsiades: Ouvi dizendo. Que dois tipos de lógica lá se ensinam. Uma delas chamada filosófica ou Lógica Moral, outra chamada De Lógica Socrática. Muito bem. Se meu filho conseguires. Essa segunda lógica de aprender, não terei que pagar uma moeda. De todas essas dívidas mofinas. Que só por sua causa contraí.” (pág. 60; pág. 61)

Quando Feidipides se recusa, o pai o ameaça expulsá-lo de casa. Vendo que seu plano de enviar o filho para a escola é frustrado, Estrepsíades decide que será ele que irá frequentar a escola Pensamental. Ao chegar à escola, ele encontra um grupo de alunos que começam a iniciá-lo nos segredos do pensamento. E no que ali é discutido. Um grupo de estudantes, olhando para o chão: investigando fenômenos misteriosos:

“Estudante: Muito bem, neste caso, então te digo. Não te esqueça, porém, que o nosso estudo. Do mais denso mistério rodeado. (Em voz baixa):

Escuta aqui: agora mesmo Sócrates Arguia o solerte Cairefonte, Para saber, perfeita e exatamente, O número de pés (de pés de pulga) Que uma pulga é capaz de completar. De um pulo tão somente. Com efeito. Uma pulga picara Cairefonte Na sobrancelha, e, rápida saltara para a calva socrática imponente. (pág. 62)

O estudante vai mostrando a Estrepsíades o que eles estão aprendendo lá no Pensamental, quando encontram um homem pendurado dentro de um cesto, muito agitado, observando o céu. Pendurados nas paredes do Pensamental há vários mapas. Esse homem era Sócrates.

 Sócrates e Estrepsíades conversam sobre o motivo de Sócrates estar pendurado:

“Estrepsíades: O que está fazendo aí trepado?

 Sócrates: Eu caminho no ar, e olho o sol. De cima para baixo. Não está vendo? (pág. 67)

“Estrepsíades, ouve as conversas celestiais de Sócrates, mas ele quer logo ir direto ao ponto:

 Sócrates: O que queres saber?

Estrepsíades: Eu quero mestre, teu curso de oratória e de eloquência. Seguir para discutir com os meus credores. Em verdade os credores se tornaram absolutamente insuportáveis. Importunam, perseguem. Uns miseráveis! O pior é que estão me ameaçando, de tomar meus bens. E pouco falta que de fato consigam.” (pág. 68)

Sócrates inicia Entrepsíades na escola Pensamental:

“Sócrates: Renascerás, senhor, como perfeita flor da oratória, como um consumado tratante palavroso e descarado”

Entrepsíades: Que brincadeira é essa? Estou virando um saco de farinha? Está brincando?” (pág. 69)

Aparentemente isso envolve enchê-lo de farinha. Nesse momento o coro intervém e começa a chamar as Nuvens e começa a falar sobre chover. Aparentemente, todos os seus trovões assustam Entrepsíades. O coro representa as nuvens começa a falar sobre chuva. Entrepsíades pergunta a Sócrates quem está cantando, e Sócrates explica:

“Entrepsíadas:  Por Zeus, dize-me, Sócrates, quem são Essas damas que entoam a melodia Deste hino silente? Elas serão acaso deusas da mitologia?

Sócrates: Não são, não. São as nuvens, que são deusas dos homens de valor filosofal. Elas nos asseguram o repertório do talento verbal e da eloquência, Da graça, do aranzel, do casuísmo, Da prova em profusão, do circunlóquio...” (pág. 71)

 

Entrepsíadas não consegue ver as “damas”, mas então Sócrates aponta para elas chegando. Quando elas chegam, o líder do coro fala a Sócrates o motivo pelo qual elas foram convocadas.

“Corifaio: Salve, o tu, superidoso homem, cão amestrado da cultura, salve! (pág. 74)

Sócrates revela a Entrepsíadas que as Nuvens são os únicos deuses que existem. Eles vão entabular uma conversação que envolve outros deuses. Esta conversa envolve uma lição detalhada sobre o clima.

“Sócrates: Vê agora, Suponhamos. A corrente de ar, bem aquecida subindo rumo ao céu. Logo em seguida. Atinge as nuvens as nuvens e estas se dilatam E se distendem, qual uma bexiga de boi, bem limpa, que um menino sopra. E se enche de ar. Eis que a pressão tremendamente forte se tornando provoca a ruptura do balão, com um estrondo terrível, o trovão. E liberando os ventos que disparam em tal velocidade que o atrito acaba provocando combustão, e assim, ocorre o raio. Tenho dito. (pág. 76)

Sócrates diz a Entrepsíades que ele pode conseguir o que quer se tiver uma boa memória, gostar de pensar e, no geral, for um cara forte e de vida limpa.

Sócrates: Muito bem. Vamos lá. Dize-me agora alguma coisa sobre a tua vida, é necessária certa informação, para saber qual será a estratégia que contra ti convém utilizar.

“Entrepsíades: Estratégia? Me tomas, por acaso, por um objetivo militar?

Sócrates: Não, não é isso. Apenas eu pretendo fazer-te uma pergunta. Em primeiro lugar, responde: tens uma boa memória?” (pág79)

Na medida em que Sócrates tenta fazer com que seu novo aluno se lembre de qualquer coisa ensinada, Entrepsíades, acaba mudando de assunto a todo momento para outros tópicos, pois ele não sustenta nenhum assunto. Sócrates fica tão frustrado que manda Entrepsíades para a cama.     

“Sócrates: Acerca de queres conhecer. Cogita logo dize-me depois

Entrepsíades: Já disse mil vezes o que quero: Livrar-me dos credores. Cancelar todas as minhas dívidas. Ouvistes?

Sócrates: Ouvi. Deita, portanto, novamente.

(com certa relutância. Estretepsíades se mete debaixo das cobertas)

Instila, agora, em tua mente, instila a mais etérea essência, permitindo que as essências sutis do pensamento penetrem m cada poro do problema. Bastando depois disso analisar, corrigir, resumir e definir.

Estrepsíades: (freneticamente tentando livrar-se dos percevejos) Ui! Que são demais esses bichinhos!

Sócrates: Para com isso. Em caso de dilema, visa a concatenar todos os dados, medi-los e pesá-los, e em seguida o resultado compulsar por fim. (pág. 91) 

Sócrates agora pergunta a Estrepsíades o que ele está pensando. Ele ainda continua pensando nos insetos que o estão comendo. Sócrates fica irritado. Quando acontece o momento “eureka”. E qual será a solução?

“Estrepsíades: Supõe que os serviços eu contrate de uma feiticeira de Tessália, e lhe ordene que ela encante a lua, lá no alto do céu. E eu pego a lua e depois da polida e bem polida, eu a tranco afinal em uma caixa, brilhando como um espelho.

Sócrates: E o que tu lucras?

Estrepsíades: É muito claro: não havendo lua, não haverá mais mês, e, desse modo, não terei que pagar juros mensais. Os juros sempre vencem não é mesmo? No exato dia que termina o mês, antes da lua nova. Compreendes?” (pág. 92)

A solução de fazer a lua não nascer, para que o mês acabe, é uma solução que faz Sócrates começar a dar sinais de impaciência. Ele apresenta algumas situações para Estrepsíades resolver:

“Sócrates:  Supõe que tu encontres em tal situação, sem ter defesa, sem contares com uma testemunha para enfrentar o pleito. O que farias?

Estepsíades: Antes que os meus credores recorressem ao tribunal eu me suicidaria

Sócrates: És mesmo um bobo. Que tolice é essa?

Estrepsíades: Bobagem é que não é, de modo algum pois a verdade é que não poderiam acionar um defunto. Não é mesmo?

Sócrates: Idiota! Cretino! Eu não pretendo perder o meu precioso tempo contigo. Teu mestre eu não sou mais. Vai te embora.” (pág. 93)

 

Desesperado com a renúncia de Sócrates em ajudá-lo, ele entra no modo aflito. Quando aparece o coro e sugere que ele traga o filho Feidipides para ter aulas com Sócrates. Apesar de ver no filho um inútil, ele aceita a sugestão e vai procurar o filho.

Quando encontra com o filho, começa a zombar da existência de Zeus. Após essa discussão bizarra, ele sugere ao filho estudar na Escola Pensamental.

Seu filho tem a firme convicção de que ele vai se arrepender desse pedido.

“Feidipides: Está bem. Está bem. Faço o que queres, mas tu ir5ás se arrepender um dia.” (pág. 97)

Estrepsíades leva o filho até Sócrates. Quando ele chega, Sócrates fica chocado com  o fato de ele ser ainda tão jovem.

“Sócrates: Pessoalmente ele será instruído pela filosofia e também pelo sofisma. Solicito agora licença para sair. (pág. 98)

Aparece o coro, que introduz os argumentos. E, entre o melhor e o pior argumento, Sofisma x Filosofia, quem vencerá? Enquanto o jogo argumentativo prossegue, aparece Sócrates. que chega com boas notícias. Feidipides aprendeu a argumentar. Sócrates garante que ele agora é capaz de fugir de qualquer dívida. O filho mostra ao pai as novas argumentações que ele aprendeu para fugir das dívidas.

“Feidipides: é muito fácil responder: se o velho Solon amava o povo de verdade quer dizer que gostava mais dos pobres, que são maioria, que dos ricos, e assim do devedor, naturalmente, mais do que o credor. Por conseguinte, não haveria de marcar dois dias a favor do credor, e sim dois dias o devedor favorecendo. Assim sendo impossível ao credor mover uma ação contra o outro, pois no último dia do mês, isto é, na lua cheia, teria de fazer a garantia em dinheiro, perante o tribunal para mover a ação. Coisa impossível, pois só no outro dia, isto é, o primeiro, obrigada seria a outra parte a saldar a dívida.

 Estrepsíades: No entanto, os magistrados mandam o devedor pagar no último, isto é, primeiro dia, não no dia seguinte, mas na véspera, por que é que fazem isso?

Feidipides: Justamente por serem magistrados. Como tais são tão gananciosos que só pensam em receber de pronto a percentagem que lhes cabe nas custas processuais. Mas é claro que o seu procedimento é todo ilegal.

 Estrepsíades: (perplexo) É mesmo filho? (subitamente iluminado) Muito bem! Muito bem! (voltando-se para o público) (pág. 114; pág115)

Estrepsíades, depois da argumentação do filho, encontra-se eufórico. Agora é a hora de colocar em prática todo esse aprendizado. Encontra com o primeiro credor e despacha. O primeiro credor, Pásias, promete entrar com uma ação. O segundo credor, Aminias, jogador gay, que acaba de sofrer um acidente e está em estado lamentável. E vem cobrar as dívidas contraídas. Estrepsíades usa o argumento de que não deve nada.

“Estrepsíades:  Já sei. És um ator e estás querendo que eu adivinhe o que representas. Que é um papel feminino não há dúvidas. Mas é claro! É o papel de Alcmene na peça de Xenocles, e estás do teu saudoso irmão chorando a morte. (pág119)

 O coro aparece e vê com desaprovação as ações de Estrepsíades, indicando que ele se arrependerá antes do dia acabar.

“Coro: Eis a falta de escrúpulo e vergonha, eis que é a fatal fascinação: Esse velho caduco e fraudulento, pela ganância sórdida empurrado, pra livrar-se das dívidas (e bem, só aparentemente bem-sucedido) Não vai perder por esperar. Bem cedo esse pobre discípulo de Sócrates vai aprender uma lição que esta: O crime não compensa. O desonesto acaba castigado. Estrepsíades pode pensar que está vitorioso, mas na verdade está muito enganado. Ele acha que seu filho Feidipides como sofista e falastrão vazio se tornou invencível. Ledo engano! Esperai e vereis o dia chegar.” (pág. 121; pág. 122)

O coro não estava para brincadeiras. Fedipides, que agora possui a sabedoria. usa a retórica contra o pai e o vence. Usa sua nova sabedoria para colocar os pingos nos “ís”.

Perdido, Estrepsíades culpa as nuvens por seus novos infortúnios, mas o líder do coro não quer ouvir. Estrepsíades havia escolhido o caminho do mal e agora vai ter de viver com isso. Estrepsíades incendeia a Escola Pensamental. Mas já é tarde demais;

“Coro: Agora, sem mais uma tardança, vamos sair, sem mais essa. Acabou a nossa dança e acabou a nossa peça” (pág133)

“As Nuvens” aponta suas lanças e flechas para todas as direções, tais como religião, ciência, política, educação, família, tudo isso com um humor afiadíssimo. A crítica de Aristófanes a Sócrates é bem simples. Sócrates é uma versão daquele sujeito detentor de uma sabedoria, habitante de alguma torre de marfim. Sua cabeça estava nas “Nuvens” e, para Aristófanes, ele estava querendo brincar com as ideias e brincar com os seus alunos, sem avaliar as implicações morais disso tudo que ele estava ensinando.

 “As Nuvens”, de Aristófanes, merece um lugar de HONRA na sua estante.


Data: 12 junho 2023 | Tags: Comédia, Grega


< Notas sobre humor Alceste >
As nuvens
autor: Aristófanes
editora: Ediouro
tradutor: David Jardim Júnior

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