Não há segunda chance
Em “Não há segunda chance”, o autor Harlan Coben retorna com um romance explosivo sobre o amor de um pai, em uma história onde nada é o que parece ser e onde a esperança e o medo se colidem de forma surpreendente.
Harlan Coben é conhecido por seu estilo único, rápido, com toques de bom humor. Neste livro, o autor leva o conceito um pouco mais além. Elementos psicológicos jorram de uma forma emocionante e a família continua sendo seu grande tema.
Nessa história, encontramos um renomado cirurgião plástico, Marc Seidman, que após ter sido baleado na cabeça, acorda de um coma de 12 dias, numa unidade de cuidados intensivos. Ao saber que sua esposa foi assassinada e sua filha de seis meses Tara fora seqüestrada - nosso protagonista acorda de vez.
O F.B.I. e a polícia local entram no caso, mas não há nenhum pedido de resgate. No estilo típico de Coben, o leitor mergulha na história, capítulo por capítulo na vida de Marc Seidman vendo-a desabando ao seu redor.
Doze dias antes de ser baleado, Marc tinha uma vida invejável, como um cirurgião de sucesso, que vivia em um bairro tranquilo de subúrbio com sua bela esposa e um bebê que ele adorava. E agora, quando tudo parecia perdido - surge um pedido de resgate, com os seguintes dizeres:
“Nós estamos observando. Se entrar em contato com as autoridades, você nunca mais verá sua filha novamente. Não haverá segunda chance.”
O bilhete dos seqüestradores é arrepiante. Sua única certeza é que dos escombros que se tornou sua vida, sua filha é o único objetivo. Ele está impedido de falar com a polícia ou o FBI.
Chocantes reviravoltas após reviravoltas deixam o leitor à beira de cometer uma besteira e pular páginas para saber o fim. Não faça isso, pois o livro segue seus próprios labirintos. E ler esse thriller página após página é sentir o gosto saboroso da narrativa desse grande escritor de suspense.
O trabalho de Coben reflete o brilho e o entusiasmo de quem realmente gosta do que está fazendo e deve se divertir enquanto inventa e enraíza pesadelos em personagens normais e viáveis. Não desperdiçando palavras e puxando os fios de alta tensão que permeiam sua narrativa, deixar de ler essa obra é perder a chance de ler um escritor que é muito bom no que faz.