Senhor das Moscas
William Golding escreveu “Senhor das Moscas” após a Segunda Guerra, tempo em que os nazistas exterminaram seis milhões de judeus, a antiga União Soviética, logo após a sua revolução, transformara-se em uma ditadura sanguinária e os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre o Japão. Se levarmos em consideração esse contexto de profundo pessimismo, poderemos entender esse livro.
Apesar de ser uma história protagonizada por crianças, “Senhor das Moscas” explora o lado escuro da humanidade, a selvageria que sustenta até os seres humanos mais civilizados.
O livro é uma paródia trágica de contos de aventura infantis, ilustrando a natureza do mal da humanidade. Ele apresenta ao leitor uma cronologia dos acontecimentos que levaram um grupo de meninos cheios de esperança ao desastre. A forma de sobreviverem, seu ambiente nada civilizado, sem supervisão de ninguém dá a tônica ao livro.
"Senhor das Moscas" não tem floreios filosóficos e poéticos, nem longas descrições. É uma alegoria, o que significa que os personagens e objetos no romance são transmitidos por meio das ideias centrais do livro. Por tudo isso e muito mais esse livro merece um lugar de destaque na sua estante.