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Mitologias

Semiologia e semiótica sempre foram assuntos espinhosos para mim. Hoje nem tanto. Mas devo dizer que eu já apanhei muito na faculdade. O objetivo de falar sobre esses assuntos contidos no livro “Mitologias”, de Roland Barthes, é uma forma de estudar e dividir esses estudos com vocês. Como eu sempre digo, ler qualquer autor é uma forma de dialogar com ele. Aprender com ele. E Roland Barthes, devo dizer, é um grande pensador. Que vale a pena ser estudado. E ele continua atual apesar desse livro ter sido publicado em 1957.

Roland Barthes, para aqueles que não o conhecem, foi um escritor francês cujo trabalho analisa a linguagem e os símbolos para identificar as tendências históricas sociais e culturais que eles revelam. Esse livro é o resultado de uma série de ensaios compilados durante os vários anos em que escrevia crônicas para a revista literária francesa Les Lettres Nouvelles (1953-1957).

Os livros de Barthes envolvem análises críticas das tendências linguísticas,  e seu significado social e cultural. Ele é considerado uma figura importante e seu trabalho está associado ao movimento linguístico que passou  a ser conhecido como estruturalismo. O estruturalismo enfatiza o contexto social e cultural dentro do qual a linguagem emerge. É uma corrente de pensamento que identifica as estruturas que sustentam todas as coisas. Os fenômenos sociais podem ser identificados através de suas interpelações, ou seja, é através de partes  que se avalia o todo.

Barthes seguiu o estruturalismo e o pós-estruturalismo. Os pós-estruturalistas apresentavam novas possibilidades de compreensão da realidade social, em especial no que se refere à produção dos sujeitos por meio das relações de poder e da relação de saber. Eles concentram-se na forma como as relações internas na linguagem moldam o seu significado. Essa mudança é marcada por uma mudança de foco, de estruturas fixas e universais para fluidez, a abertura e a multiplicidade de interpretações de texto e de culturas. Essa ideia ressoa com princípios pós-estruturalistas ao enfatizar a descentralização, a multiplicidade dos significados e a participação ativa do leitor na criação do significado.

O livro de que falaremos hoje, “Mitologias”, de Barthes, interpreta o significado de signos particulares analisando seu lugar na cultura e na história francesa. Barthes amplia a visão de Saussure concentrando-se mais de perto na sociedade e na cultura como componentes chaves do sistema linguístico.

“Mitologias” é uma obra seminal de Roland Barthes, publicada em 1957, que se debruça sobre o conceito de mito na sociedade contemporânea. O livro é uma coletânea de ensaios nos quais Barthes analisa uma ampla gama de fenômenos da cultura francesa da época, desde o tele catch (os que têm a minha idade, 67, anos sabem do que estou falando) até o Citroën DS, passando por propagandas, fotografias, vinho, competição de bicicleta (Tour de France), filmes e tendências da moda. Cada ensaio apresenta uma análise dos mitos que operam para moldar a opinião pública sobre a tendência que Barthes examina.

Vamos escolher alguns desses ensaios aleatoriamente para que vocês tenham ideia do que Roland Barthes está nos dizendo.

Uma das análises que Barthes faz (dentre muitas) é a ‘do escritor em férias’, publicada pelo jornal francês Le Figaro. O jornal contém algumas fotografias de escritores profissionais aproveitando suas férias.

“As férias” são um fato social recente cujo desenvolvimento mitológico seria interessante seguir. De fato escolar, no início, transformaram-se, desde a introdução das férias pagas, em fato proletário, ou pelo menos trabalhador. Afirmar que este fato pode de agora em diante, incluir escritores, que os especialistas da alma humana também submetem ao estatuto geral do trabalhador geral do trabalho contemporâneo, é uma maneira de convencer os nossos leitores burgueses de que eles vivem de acordo com o seu tempo: louvamo-nos de reconhecer a necessidade de certos prosaísmos, adaptamo-nos às realidades “modernas” através das lições de Siegfried ou de Fourastié” (pág. 23)

Barthes observa aqui (1957) que as férias são um fenômeno social recente, que começou como uma prática entre acadêmicos que tiravam licenças prolongadas de trabalho para escrever. Barthes faz menção de que as férias se tornaram comuns e são desfrutadas também pelo proletariado. Barthes aqui se diverte com a ideia de que um escritor em férias é um falso trabalhador.  O caráter do trabalho em que o escritor se envolve é diferente do trabalho físico do proletário comum. O escritor é admirado pela classe média como uma figura divina. Barthes diz que o escritor se tornou “um espetáculo prosaico”:

“Pois só pode ser imputada a uma natureza sobre-humana a existência der seres suficientes amplos para usarem pijamas azuis no próprio  instante em que se manifestam como consciência universal, ou ainda professarem o amor ao “queijo Saboia” com essa mesma voz com que anunciam a sua próxima Fenomenologia do Ego.” (pág. 25)

 

“Crítica Muda e Cega” aborda uma tendência entre os críticos literários e críticos teatrais de afirmar, em certos casos, que a crítica é inútil. Barthes pergunta:

“ Por que motivo a crítica proclama periodicamente a sua impotência ou a sua incompreensão? Certamente não é por modéstia nada mais a vontade do que um tal confessando que não entende nada de existencialismo, nada mais irônico, e portanto mais seguro de si, do que um outro reconhecendo, envergonhado que não tem o privilégio de ser iniciado na filosofia do Extraordinário; e nada mais militar do que um terceiro defendendo o inefável poético. Tudo isto significa, de fato, quer o crítico se crê senhor de uma inteligência suficientemente firme, para que a confissão de uma incompreensão ponha em causa a clareza do autor, e não a do seu próprio cérebro; se se representa a imbecilidade, é para que o público se espante, para leva-lo, assim, de uma cumplicidade de impotência a uma cumplicidade de inteligência. “ ( pág. 27; pág. 28)

Essa observação feita por Roland Barthes diz respeito a um caso específico em que um crítico em Paris se recusou a criticar uma peça de Henry Lefebvre sobre o famoso filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard. Kierkegaard está associado ao movimento existencialista da filosofia que defende a autonomia do indivíduo e sua liberdade de construir uma existência autêntica. Barthes sugere que existe uma tendência em desenvolvimento na França que procura demonizar o intelectualismo e a preocupação com ideias abstratas. Barthes vê provas de que existe uma tendência na forma como os meios de comunicação populares rejeitam ou simplificam obras de arte e literaturas complexas. E é aí que Barthe analisa a rejeição de um crítico de teatro francês a uma peça que reflete temas filosóficos desafiadores, que passam longe do senso comum.  Barthes alega que o crítico redefine o papel da crítica literária para endossar a mentalidade de exclusão. Em outras palavras: “Eu não entendo nada disso, portanto vocês são idiotas”.

Essa crítica “muda e cega” descreve uma tendência dos críticos teatrais de rejeitar peças que contenham ideias filosóficas abstratas e incompreensíveis. Barthes diz que uma cultura ideal seria a cultura controlada pelo senso comum. Barthes sugere que uma ideia é nociva se não for controlada pelo bom senso:

“É claro que vocês podem julgar a filosofia em nome do “bom senso” e o “sentimento” não entendem nada de filosofia, a filosofia, essa compreende-os perfeitamente. Vocês não explicam os filósofos, mas eles explicam vocês. Você não pode entender a obra do marxista Lefebvre, mas podem estar certos de que o marxista Lefebvre compreende muito bem a incompreensão de vocês, e sobretudo ( pois creio que vocês são mais mal intencionados do que incultos) o ar deliciosamente inofensivo com que a confessam. ( pág. 28; pág. 29)

Um outro estudo do livro chama-se “Fotos – Choque”, extraídas da galeria de Orsay. Barthes observa que muitas das fotografias contidas na exposição não têm efeito de choque algum, pois são óbvias.  E aqui segue a explicação:

“O fotógrafo substitui-se-nos larga e excessivamente na formação do  seu tema: quase sempre elaborou de forma exagerada o horror que nos propõe, acrescentando ao fato, através de contrastes e aproximações, a linguagem tradicional do horror: um deles por exemplo coloca lado a lado uma multidão de soldados e um campo coberto de cabeças mortos; um outro apresenta-nos um jovem militar olhando o esqueleto; um outro enfim, foca uma coluna de condenados ou de prisioneiros no momento em que se cruzam com um rebanho de carneiros.”( pág. 67; pág. 68)

  

Barthes contrasta Brecht com os fotógrafos cujas fotos chocantes não conseguem causar choque algum porque não exigem nada do público. Retiram a capacidade de imaginação. Exibem detalhes demais para inspirar qualquer reação. As peças de Brecht conseguem chocar mais e melhor o público, exigindo uma “catarse crítica”

“Temos, pois, claramente a catarse crítica exigida por Brecht, e já não uma purga emotiva como no caso da pintura temática: aqui encontramos talvez duas categorias do épico e do trágico. A fotografia literal apresenta-nos o escândalo do horror, não o horror propriamente.” (pág. 69)

Barthes demonstra que a mídia usa os mitos para representar as visões da classe média ou “burguesa” como  norma em cada uma das histórias populares. Barthes afirma que a mitologia é o veículo pelo qual o poder é mantido e usado  pelo grupo dominante. Como ela utiliza a mitologia para ocultar as estruturas da sociedade.

Barthes (como já foi dito anteriormente)  deu continuidade às ideias do suíço Ferdinand Saussure (pai da linguística estrutural), que propôs uma visão revolucionária da linguagem como um sistema de signos que funcionam através da relação entre si. Desta ciência dos signos, Saussure postulou o nome de semiologia. Barthes credita ao suíço a invenção da semiologia. Semiologia é o estudo dos signos, é uma ciência das formas, visto que estuda as significações independentemente de seu conteúdo. A semiologia postula uma relação entre dois termos, um é o significante, o outro o significado.

A relação entre o significante e o significado forma um “signo”, que é um terceiro termo envolvido na análise semiológica. Barthes nos dá um exemplo:

“Tomemos um ramo de rosas: faço-o significar a minha paixão. Não existe apenas um significante e um significado, as rosas e aminha paixão? Nem sequer isso: para dizer a verdade, só existem rosas “passionalizadas”. Mas no plano da análise, estamos perante três termos; pois estas rosas carregadas de paixão deixam-se perfeita e adequadamente decompor em rosas e em paixão: esta e aquelas existiam antes de se juntarem e formarem um terceiro objeto, que é o signo. Do mesmo modo que, no plano da experiência, do vivido, não posso dissociar as rosas da mensagem que transportam, assim no plano da analise não posso confundir as rosas como significante e as rosas como signo: o significante é vazio, o signo pleno é um sentido.” ( pág. 135)

Na segunda parte do livro, Roland Barthes discute o mito. Mas, afinal, o que é o mito, hoje? Para Barthes, o mito é uma linguagem. O mito distorce não a realidade dos objetos, mas sim a maneira como essa realidade é percebida e interpretada. O mito também tem o caráter de fazer-se parecer neutro e inocente. Deforma e desistoriciza  a ligação original entre o significante e o significado. A função do mito é esvaziar a realidade, estabelecer um mundo sem profundidade.

“Na realidade, aquilo que permite ao leitor consumir o mito inocentemente é o fato de ele não ver no mito um sistema semiológico, mas sim um sistema indutivo; onde existe apenas uma equivalência, ele vê uma espécie de processo casual: o significante e o significado mantém, para ele relações naturais. Pode exprimir-se esta confusão de um outro modo: todo o sistema semiológico é um sistema de valores; ora o consumidor do mito considera a significação como sistema de fatos: o mito é lido como um sistema fatual, quando [é apenas um sistema semiológico.” (pág. 152)

Para Barthes, um signo é composto por um significante (a forma física do signo, como palavra, imagem ou objeto) e um significado (o conceito ou ideia que o significante representa). Porém, no caso do mito, esse signo (já uma unidade de primeira ordem de significação) torna-se ele próprio um significante em um sistema de segundo nível. Assim, o mito se apropria do signo original e o carrega com novo significado, que é o seu próprio. Este novo significado é frequentemente desvinculado do contexto original do signo, permitindo que o mito transmita mensagens que sustentam ideologias e visões específicas.

O mito destaca como as representações culturais e midiáticas operam para naturalizar ideologias específicas, transformando construções sociais, políticas e econômicas em verdades aparentemente universais e atemporais. Esta perspectiva é bastante importante para entender, por exemplo, a dinâmica do poder e da significação em qualquer sociedade, inclusive na atualidade, marcada pela proliferação de mídias digitais. E pela globalização da cultura.

As construções sociais e culturais são naturalizadas pelo mito, apresentadas como se fossem fatos naturais, invitáveis, e não como produtos de relações sociais e de poder específicas. Essa naturalização oculta as condições de produção e a origem sócio-histórica dos fenômenos, contribuindo para a perpetuação da ideologia dominante.

Qual a atualidade das “Mitologias”, de Roland Barthes, para os dias de hoje?

Barthes explica que o mito não é qualquer tipo de discurso. O mito é uma mensagem, é uma forma. Tudo tem possibilidade de se tornar mito. E esses mitos não são eternos. Eles podem ser comunicados tanto através de imagens como através de linguagem.

O mito é uma “linguagem roubada”. Ele sustenta que a expressividade da linguagem se torna suscetível de ser capturada pelo mito. A linguagem está sempre aberta a várias interpretações. Barthes, no entanto, afirma que a linguagem matemática é mais difícil na  formação dos mitos, pois é uma linguagem acabada:

“Quando o sentido está repleto e o mito não pode invadi-lo, transforma-o e rouba-o totalmente. É o que se passa com a linguagem matemática. Em si é uma linguagem indeformável que tomou todas precauções possíveis contra a interpretação: nenhuma significação parasita pode assim insinuar-se nela. Eis a razão precisa pela qual o mito se apodera dessa linguagem em bloco; apodera-se, por exemplo, de uma determinada fórmula matemática (E=mc2), e transforma este sentido inalterável no significante puro da matematicidade. Como se vê , neste caso, o mito rouba uma resistência, uma pureza” ( pág153)

Da mesma forma, Barthes destaca que a poesia resiste ao mito. Ele vê a poesia como um objetivo de anular a realidade. A poesia é o oposto do mito, e sugere que o mito disfarça a realidade:

“A poesia ocupa a posição inversa do mito: o mito é um sistema semiológico que pretende superar-se para se tornar um sistema fatual; a poesia a poesia é um sistema semiológico que pretende retrair-se e ser um sistema essencial”. ( pág. 154; pág. 155)

Barthes diz que é possível escapar do mito produzindo um mito artificial. Um mito artificial introduz uma cadeia de signos que se baseia no próprio mito. Barthes argumenta que um mito artificial pode transformar um mito original e esvaziá-lo do seu significado original.

Em “A Burguesia como Sociedade Anônima”, Barthes descreve  burguesia ou classe média que passa a ser vista como idêntica à nação,  as opiniões da França são na verdade as da burguesia. Barthes escreve que a burguesia se funde à nação mesmo que a sua intenção seja a de excluir. Barthes sustenta que a burguesia aparece entre os pequenos burgueses como forma degradada: das normas burguesas aparece entre os “pequenos burgueses” de escalonamento inferior. Os pequenos  burgueses não aceitam a sua posição inferior. Em vez disso, identificam-se como burgueses porque a posição burguesa parece comum e natural.

“A deserção do nome burguês não é, portanto, um fenômeno ilusório acidental, acessório, natural  ou insignificante: é a própria ideologia burguesa, o movimento pelo qual a burguesia transforma a realidade do mundo em imagem do mundo, a História em Natureza. E esta imagem é sobretudo notável pelo fato de ser uma imagem invertida. O estatuto da burguesia é particular e histórico: o homem que ele representa é universal eterno; a classe burguesa edificou justamente o seu poder sobre progressos técnicos e científico sobre a transformação ilimitada da natureza: a ideologia burguesa devolve uma natureza inalterável; os primeiros filósofos burgueses impregnavam o mundo de significações; tudo era  submetido a uma racionalidade, porque tudo era destinado ao homem; a ideologia burguesa é cientista ou intuitiva, constata o fato ou reconhece o valor mas recusa a explicação: a ordem do mundo é suficiente ou inefável nunca significativa. Enfim, a ideia original de um mundo suscetível de ser aperfeiçoado. Móvel produz a imagem invertida de uma humanidade imutável, definida por uma identidade, infinitamente recomeçada. Em suam, na sociedade burguesa contemporânea, a passagem do real ao ideológico define-se como a passagem de uma anti-physis a uma pseudo physis. (pág. 162)

Roland Barthes transmite as ideias e perspectivas associadas à classe média em ascensão. Barthes afirma que a mídia transmite a ideologia burguesa através do uso de mitos. Esses mitos ajudam a disseminar e a perpetuar a ideologia burguesa como se tudo fosse absolutamente natural, como se fosse uma norma, uma perspectiva oficial da própria nação, onde reside a essência: o universalismo, a recusa de qualquer explicação, uma hierarquia inalterável do mundo.

Os mitos apresentam conceitos que deformam a realidade e emitem uma visão ilusória da “natureza”. Barthes argumenta que os mitos são frequentemente usados para apoiar uma visão específica do que deveria ser considerado normal e natural. Barthes cita a publicidade como exemplo de introdução de mitos que visam distorcer realidades desagradáveis.

“Mitologias”, de Roland Barthes, aborda como o mito pode ser utilizado tanto pela direita como pela esquerda no espectro político. Barthes argumenta como a forma de comunicação que naturaliza conceitos e ideologias é uma ferramenta poderosa para a manutenção dos sistemas de poder e valores estabelecidos.

Para Barthes, o muito despolitiza o discurso; transformando questões históricas, culturais e políticas em narrativas “naturais” “universais” e aparentemente apolíticas. Do ponto de vista da direita,  é muito útil, pois permite a perpetuação de ideologias conservadoras e de ordem social existente, apresentando-as como se fosse algo natural, e não uma construção social passível de questionamento e mudança. 

Barthes reconhece a capacidade da esquerda de utilizar o mito como uma ferramenta para promover mudanças sociais e políticas. Na opinião de Barthes, a diferença reside no conteúdo e no objetivo dos mitos promovidos por cada lado do espectro político. A direita tende a criar mitos que reforçam o status quo, ou seja, valores conservadores. A esquerda pode empregar o mito para questionar, desestabilizar e propor alternativas às estruturas dominantes. 

O grande desafio para o autor é desmistificar esses discursos, revelando as ideologias e interesses que se escondem por trás de representações aparentemente inocentes e naturais da realidade.                                                  

Barthes faz uma crítica da cultura de massas e do consumo,  nos mostrando como os produtos culturais e de consumo carregam significados ideológicos, uma análise que pode ser facilmente aplicada às redes sociais, à publicidade online e do branding contemporâneo.

Essas ferramentas que Barthes nos apresenta através de sua metodologia desvenda os significados ocultos nas práticas do dia a dia, fornecendo uma ferramenta crítica valiosa para examinar novos mitos da sociedade contemporânea, como a tecnologia, a sustentabilidade e as identidades digitais.

A era da informação e das redes sociais trouxe uma nova camada de complexidade para a criação e disseminação de mitos, tornando a abordagem de Barthes cada vez mais importante.

A capacidade de analisar criticamente como significados são construídos e disseminados é essencial para navegar e entender o mundo contemporâneo. Dessa forma, “Mitologias” não apenas continua atual mas também serve como ferramenta valiosa para decodificar as complexidades da cultura no século XXI.

“Mitologias”, de Roland Barthes, merece um lugar de destaque na sua estante.


Data: 19 fevereiro 2024 (Atualizado: 19 de fevereiro de 2024) | Tags: Semiótica


< Furiosamente calma Futuro Ancestral >
Mitologias
autor: Roland Barthes
editora: Editora Difel ( Difusão Editorial)
tradutor: Rita Buongermino, Pedro Souza
gênero: Semiótica;

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